Todos nós temos uma vida formada por vários períodos de mudança e transformação. As crises aparecem ao longo de nossas vidas, nos tiram da zona de conforto e despertam a criatividade. Para inúmeros artistas, estes períodos são vistos com bons olhos.
A cantora paulistana Tiê soube colher bons frutos numa fase em que ela chamou de "caos".
"A pressão da gravadora era muito grande.Perguntei se podia ser um disco de interpretação, até cheguei a cogitar, porque estava meio zerada. Mas insistiam em composições minhas, e eu pedi para esperar, ou então que me espremessem pra ver se saía alguma coisa", recorda a cantora em inúmeras entrevistas.
Tiê lança agora "Esmeraldas", assumidamente nascido de uma crise, e gestado numa cidade mineira interiorana que dá nome ao disco.
Tão autobiográfico quanto os outros dois discos da cantora, "Esmeraldas" surge mais visceral aos olhos dos fãs.
Não que ela tenha perdido a ternura, mas este parece mais arrebatador, e mais completo. Mais instrumentos, mais arranjos, mais coragem.
"Fosse pra fazer algo menos que "bombástico", não faria", garante a cantora.
Neste novo trabalho, ela renova sua sonoridade com a abertura de parcerias com nomes como Adriano Cintra, André Whoong, e David Byrne (conceituado artista escocês). Há também a participação de Guilherme Arantes tocando piano numa das faixas ,a pop "Máquina de Lavar". Esta canção é uma das mais empolgadas do disco, e foi inspirada numa fase em que Tiê cuidou sozinha das filhas pequenas e das tarefas domésticas.
"Sem ajudante, marido e filhos em casa. Quase fiquei louca, batendo a roupa na máquina. Me serviu de inspiração".
Gravado pela Warner, "Esmeraldas" contém 12 faixas que funcionam como unidade. Há uma singularidade entre a maioria das canções, talvez nascida da onipresença de André Whoong na ficha técnica do disco. Os arranjos estão bem trabalhados, e seu envolvimento com uma banda completa é nítido e interessante.
Diogo Branco é farofeiro e apaixonado por música.
"Téo amava Estrela
Que amava Paulo
Que amava Alice(...)"
Ela, uma jovem cantora curitibana com um poderoso sobrenome.
Ele, um jovem e talentosíssimo multi-instrumentista.
Apaixonados por música, apaixonados por literatura e apaixonados entre si.
Juntos, lançam agora um CD com idéditas do pai dela...
Há muita paixão nesse novo trabalho, que é fruto de um boníssimo encontro de família
Estrela Leminski nunca usou a obra do seu pai, o consagrado poeta Paulo Leminski, tão diretamente quanto agora.
Com seu novo disco, Leminskanções, a cantora pretende mostrar ao público que antes de poeta, Leminski era compositor. Ao lado de seu marido Téo, Estrela demonstra neste novo trabalho a segurança de uma cantora que sabe o que quer, e onde quer chegar.Refletida em cada nota cantada, tal segurança talvez seja fruto da incontestável obra de seu pai. Há também uma forte influência de Alice Ruiz, poetisa e mãe de Estrela.
O álbum quase teve um nome muito curioso.
Era pra se chamar “Verdura Não é de Caetano”, e só muito tempo depois ele foi nomeado “Leminskanções”. Isso porque, segundo Estrela, é comum as pessoas adorarem a canção “Verdura”, atribuindo a autoria a Caetano, que gravou a faixa no disco “Outras Palavras” em 1981. Com o título atual, a intérprete enfrenta um novo desafio: Explicar às pessoas que trata-se de um álbum cujas músicas não são feitas apenas dos poemas de Paulo Leminski. Ele era também compositor. Cantava o tempo todo e gravava suas composições para mostrar aos parceiros. A maior parte desses registros foi levada num assalto enquanto a família do poeta ainda morava em São Paulo, mas restaram algumas preciosidades, como a divertida e caipira faixa “Nóis Fumo” (primeira parceria de Leminski com sua esposa Alice), e Adão (gravada posteriormente por Moraes Moreira).
No decorrer do disco, somos surpreendidos na faixa “A você, Amigo”, onde Estrela vai aos prantos.
É notória ali a dificuldade de tentar driblar as emoções geradas pelas lembranças familiares. A cantora teve de lidar com isso durante a gravação, e em alguns casos ela se fechava e passava o resto do dia sem falar com ninguém. Bastava, por exemplo, referenciar o The Police em alguma música.
Outras boas surpresas o álbum nos traz: Participações especiais de Arnaldo Antunes (em Não Mexa Comigo), Zélia Duncan (Sinais de Haicais), e Zeca Baleiro (em Se Houver Céu).
As músicas ficam disponíveis para download grátis no site www.leminski.com.br e o álbum é também encontrado na íntegra no próprio canal de Estrela, no Youtube (abaixo).Além do lançamento virtual, e do recém-lançado álbum físico, uma versão em vinil e um songbook estão previstos para dezembro.
Diogo Branco é farofeiro e apaixonado por música
De repente, me vi apaixonado por uma banda.
Foi no início desta semana, quando um amigo sugeriu que eu conhecesse a banda através de um vídeo do Youtube, e quando os primeiros acordes do CD "Pontes Para Si" me transportavam para outra realidade. Que gostoso encontrar música feita de maneira tão criativa e lapidada.
Desde então, tenho escutado enquanto tomo banho, enquanto respondo e-mails, enquanto leio jornal antes de dormir. Sempre com aquela sensação de "Como eu nunca tinha escutado isso antes???" E de onde vinha aquela sonoridade que conseguia passear por tantos ritmos brasileiros numa única canção?
A banda se chama "Pitanga em Pé de Amora", e é formada por jovens paulistas que se reuniram para resgatar um samba já perdido, ou algum ritmo brasileiro que nem sempre encontra lugar para existir: Angelo Ursini (saxofone, clarinete e flauta), Flora Poppovic (percussão), Daniel Altman (violão 7 cordas) Diego Casas (violão), e Gabriel Setubal (trompete e guitarra). Todos os integrantes emprestam suas vozes às canções, onde os arranjos e os timbres são um show à parte. O primeiro CD - que leva o mesmo nome da banda - foi lançado em 2011, onde predominavam canções de amor interpretadas de maneira leve e pueril. Neste segundo e recém lançado CD "Pontes Para Si", há um irresistivel "colorido mais contrastante" como sugere Gabriel.
Há um peso maior neste segundo CD. Mais instrumentos, mais técnica, mais sustentação. E está tudo impecável.
Monica Salsamo, laureada intérprete da MPB, também participa de "Pontes para Si", tornando ainda mais apaixonante o trabalho da banda.
Passeando por ritmos como choro, frevo, samba e baião, os CDs do quinteto ficam disponíveis para download no site da banda (http://www.pitangaempedeamora.com.br e também no Youtube, como você pode conferir abaixo:
Diogo Branco é um farofeiro apaixonado por música.
Engana-se quem imagina um CD do casal Marcelo Camelo e Mallu Magalhães que não possa fugir do habitual ou do esperado.Com uma sonoridade otimista , descontraída e de acordes leves, a "Banda do Mar" (que além da presença do eterno ex-Los Hermanos e de sua amada Mallu, também explora os talentos do baterista português Fred Ferreira) surge como um trio de amigos fazendo música de qualidade. E brincando entre si.
Há um ano morando em Lisboa, o casal deixou temporariamente de lado suas carreiras solo e lá colheram todos os ingredientes necessários para que a banda surgisse. A amizade com o baterista, um dos ingredientes fundamentais, se firmou a ponto de se considerarem da mesma família. O hermano virou, inclusive, padrinho da filha de Fred. O elo, o carinho e o respeito entre o trio é facilmente detectável pelos ouvintes.
Gravado em Lisboa, o CD traz Mallu Magalhães nas guitarras e no violão, Camelo no baixo e Fred na bateria e na percussão. Há um toque de surf music dos anos 60 mesclado com rock nas canções propostas pelo trio, que manteve o mar como temática indissociável durante todo o disco.
Faixas como "Muitos chocolates" e "Me sinto ótima" aparecem com letras divertidas e lembram canções da Mallu que todos conhecem, e possivelmente atraia mais o seu público, enquanto "Dia Clarear", uma das faixas mais marcantes do álbum, é uma lenta melodia que carimba o Camelo que está presente nos dois discos solos do cantor.Para conseguir fidelidade ao que é escutado nas gravações, a banda é um quinteto nos shows. Dois integrantes, o baixista Marcos Gerez (Hurtmold) e o guitarrista Gabriel Mayall (ex-Los Hermanos) conseguem reproduzir o resultado registrado no disco sem perder o clima amistoso. Eles também são velhos amigos."Nossa essência é muito semelhante" é o que afirma a cantora em algumas das dezenas de entrevistas por eles cedidas apenas nesta semana. "Apesar de termos estilos, escolhas e opiniões muitas vezes diferentes, temos em comum a nossa essência, notada em cada segundo do disco".
A turnê da banda começa no dia 10 de Outubro em Porto Alegre (Auditório Araújo Viana), e logo desembarca para o Rio (para shows nos dias 11 e 12 no Circo Voador)
Diogo Branco é farofeiro e apaixonado por música.
Na última quinta-feira (28) o ator global Caio Castro esteve em Ribeirão Preto para a inauguração da loja Milla Gomes, localizada no Ribeirão Shopping.
O Farofa Cultural esteve por lá e conversou com o ator, que esbanjou simpatia numa entrevista exclusiva realizada por Mateus Barbassa.
Filmagens: Francielly Flamarini