Ação “20 Horas de Literatura”, promovida pela Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto, Sesc SP e Prefeitura Municipal, é exemplo de como a área da cultura pode conviver com os reflexos gerados pela pandemia do novo Coronavírus. Durante uma semana, foram 20 encontros ao vivo, transmitidos direto do palco do Theatro Pedro II, pela sua nova plataforma. O conteúdo ainda pode ser acessado no endereço www.fundacaodolivroeleiturarp.
Primeiro setor a paralisar suas atividades por conta da pandemia do novo Coronavírus, ainda em março de 2020, e, provavelmente, o último a retomar plenamente o seu cotidiano produtivo, a cultura vive um momento de adaptações, bem como uma forte necessidade de reinvenção. No ano em que completa 20 anos, a Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto se viu obrigada a cancelar o encontro do público com os livros e seus autores e anunciar uma nova edição, marcada para agosto de 2021. Mas, nem por isso, a data não deixou de ser comemorada.
Realizada entre os dias 14 e 18 de setembro, a ação “20 Horas de Literatura”, promovida pela Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto, Sesc SP e Prefeitura Municipal, movimentou o setor da economia criativa local em torno do debate sobre 20 palavras que marcaram as duas últimas décadas. Todo o evento foi transmitido de forma on-line, pela nova plataforma da Fundação, bem como em seus perfis em redes sociais, como Facebook e YouTube – que já estão disponíveis para acesso. Um uso intenso da tecnologia que, se depender de quem produz cultura, é um caminho sem volta. “A pandemia trouxe uma releitura da classe artística e cultural como um todo, nos forçando a aproximarmos dos recursos e das potencialidades tecnológicas. Na minha opinião, as plataformas on-line serão a nova realidade para os projetos de economia criativa, bem como as ações de cunho colaborativo, por um bom tempo, até que, gradualmente, possamos criar produtos e ações híbridas - tanto presenciais quanto à distância. Para isso, teremos cada vez mais que estar antenados e preparados para as novas tecnologias e inovações”, acredita Viviane Mendonça, superintendente da Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto e produtora cultural.
Desde o início das restrições de circulação e de atividades coletivas, por conta da Covid-19, a Fundação fez uso constante de recursos tecnológicos, que permitiram que o trabalho fosse realizado sem interrupções, oferecendo ao público transmissões de lives, contações de histórias, shows, performances e apresentações diversas pelas redes sociais, que formaram a agenda da 40tena Cultural. “Acredito que o público também se beneficia destas novas produções e, com o tempo, se ajustará às novas propostas com mais engajamento, conforme as práticas tornarem-se hábitos”, avalia Viviane.
Processos colaborativos
Parceiro da Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto na realização da Feira do Livro e outras produções culturais desde 2015, o Sesc SP também acredita que o momento é de reinvenção. “As crises sempre nos colocam para pensar e este tem sido um momento muito importante para repensarmos nossas ações, repensar públicos, formas de realizar as atividades de maneira adequada e com segurança para o público, os artistas e os trabalhadores da área cultural”, opina Lucas Molina, gerente adjunto do Sesc Ribeirão, que aponta outra característica dos novos tempos de pandemia: o fortalecimento das ações colaborativas. “Agora, mais do que nunca, o setor cultural está em um movimento muito colaborativo. Você tem muitas parcerias, muitos eventos ocorrendo de forma que antes seria impensável. Acredito que este seja o novo modelo da área cultural, uma maior aproximação dos agentes no território e produções mais inovadoras neste sentido, com realizações menos individuais”, diz.
Oportunidades para a cadeia produtiva
O estudo nacional “Impactos da COVID-19 na Economia Criativa”, realizada pelo Observatório da Economia Criativa da Bahia e divulgado em agosto pela Agência Brasil, revelou que 50,2% das organizações culturais tiveram que demitir em função da pandemia e 65,8% fizeram reduções em contratos. Por outro lado, 45,1% dos profissionais e 42% das empresas conseguiram desenvolver novos projetos durante o período de isolamento social. Parcela de 12% dos indivíduos e 18% das organizações consultados buscaram novas formas de geração de receita, entre elas, a antecipação de venda de ingressos, campanhas de doação ou de financiamento coletivo. A pesquisa foi feita entre 27 de março e 23 de julho passado, com um total de 2.608 entrevistados, sendo 969 organizações e 1.639 pessoas físicas de todas as áreas relacionadas à arte, cultura e economia criativa.
Os números do estudo mostram uma realidade que também pode ser verificada em Ribeirão Preto e região. “Grande parte do setor tem suas atividades ligadas a eventos e aglomeração de público. Então o impacto foi e ainda é grande. Muitos tiveram que adaptar seus ofícios ou tiveram que trabalhar em alguma outra área, mesmo que ainda dentro do setor criativo. Minhas expectativas são de uma volta lenta da normalidade do setor. Sem a vacina (contra o novo Coronavírus), ainda teremos que ser muito criativos nas adaptações de todas as linguagens”, reflete Tomate Renato Vital, do Coletivo Fuligem de Comunicação e Arte, que trabalhou com uma equipe de cinco pessoas na transmissão das “20 Horas de Literatura”, cuidando da direção de fotografia, direção de cortes e som. “Eventos como esse agregam muito ao público, mas muito também a toda cadeia produtiva do setor, desde os escritores, até os técnicos e produtores, que também precisam trabalhar e ter renda em um momento de crise como o que estamos passando”, reconhece Tomate.
Apoio às iniciativas culturais
A realização do evento, em formato inédito na história da Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto, foi viabilizada pela parceria, patrocínio e apoio de 30 empresas e instituições públicas ou privadas. “Acreditamos no poder transformador que a educação e a cultura possuem na sociedade, por isso, apoiar e efetivamente contribuir com a viabilização de ações e eventos com essa finalidade enobrecem nossa corporação e contribuem para a construção de uma sociedade melhor”, afirma Paulo Roberto de Oliveira, CEO da GS Inima Ambient, um dos patrocinadores ouro do evento on-line da última semana e da Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto. “Acreditamos que essa nova modalidade de interação com o público, além de contribuir para a união das pessoas através do conhecimento e da informação, intensifica nosso poder de penetração nos mais diversos cenários e realidades. Com isso, podemos levar bons conteúdos e disseminar nosso entusiasmo em querer construir uma sociedade melhor”, completa Oliveira.
Balanço 20h de Literatura
Ao todo, 113 profissionais, entre escritores, mediadores, mestres de cerimônia, produtores, diretores, assistentes, bailarinos, jornalistas e intérpretes de Libras estiveram envolvidos na realização do evento 100% on-line “20 Horas de Literatura”, que resultou também no lançamento do e-book “20 Palavras: Leituras sobre o Agora”, editado pela Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto, em parceria com Edições Sesc, e que traz 20 textos dos 20 autores que participaram da semana de debates em torno das 20 palavras.
Durante uma semana, mais de 3 mil espectadores, com média de 635 pessoas por dia, participaram do evento como plateia online de 18 países como Brasil, Canada, Chile, Finlândia, França, Índia, Irlanda, Filipinas, Portugal, EUA, entre outros. A maior concentração de público foi das cidades de Ribeirão Preto, São Paulo, Rio de Janeiro, São José do Rio Preto e Campinas, totalizando a participação de 25 estados brasileiros. Mais de 5 mil pessoas visitaram a nova plataforma da Fundação durante a semana do evento.
O primeiro dia do evento (14/9) trouxe debates em torno de palavras contemporâneas como Globalização (Cairo Junqueira), Governança (João Luiz Passador), Identidade (Lilian Rosa) e Corrupção (Cristiano Pavini). O segundo dia (15/9) contou com Protagonismo (Marcelino Freire), Sustentabilidade (Daniel Munduruku), Terrorismo (Juliana De Paula Bigatão) e Empatia (Mafoane Odara). No dia 16/9, o evento girou em torno dos vocábulos: Refugiados (Diego Souza Merigueti), Intolerância (Patricia Teixeira Santos), Democracia (Renato Janine Ribeiro) e Cidadania (Sandra Molina). No quarto dia (17/9), as palavras analisadas foram: Empoderamento (Amara Moira), Resiliência (Marlene Trivellato Ferreira), Humanização (César Nunes) e Disruptura (Adriana Silva). No último dia (18/9), a programação se dirigiu a palavras como Googlar (Guilherme Nali), Fake News (Lucas E. S. Galon), Selfie (Murilo Pinheiro) e Agenda (Galeno Amorim).
Debates disponíveis na rede
Todos os debates promovidos ao vivo ao longo da semana e transmitidos diretamente do palco do Theatro Pedro II estão disponíveis para serem assistidos pela plataforma de conteúdo da Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto na internet (www.fundacaodolivroeleiturarp.com) – lá também pode ser baixado gratuitamente o e-book “20 Palavras: Leituras sobre o Agora”. Além disso, uma cobertura jornalística de cada tema também foi realizada e está disponível no site para consulta.
Patrocinadores e parceiros
O Ministério do Turismo, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Prefeitura Municipal, Sesc SP e Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto apresentam 20 horas de Literatura. O evento tem Patrocínio Ouro das empresas: Alta Mogiana, GasBrasiliano, Gs Inima Ambient, São Francisco; Patrocínio Prata: Savegnago Supermercado; Patrocínio Bronze: Passalacqua. Pedra Agroindustrial, Ribeirão Shopping e RiberFoods; Patrocínio: ACIRP – Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto, São Martinho e Tanger. Tem como Instituição Cultural o SESC SP – Serviço Social do Comércio e apoio cultural da ALMA – Academia Livre de Música e Artes, Coderp, Fundação Dom Pedro II e Theatro Pedro II, Santa Helena, Sicoob Cooperac, Stecar, Grupo Utam e Grupo Via Brasil. Realização: Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto, Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, Secretaria da Cultura de Ribeirão Preto, Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura e Brasil – Governo Federal.
Para marcar a data histórica, evento será realizado em formato 100% digital, entre os dias 14 a 18 de setembro, das 18h às 22h. A Fundação do Livro e Leitura também lança sua nova plataforma digital, que será o canal de transmissão dos debates e de produção permanente de conteúdo a partir de agora. Participam escritores e educadores. Serão 20 horas com conteúdo gratuito e aberto a todos interessados
A Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto promove, em parceria com o SESC SP e a Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, a ação “20 Horas de Literatura” para comemorar os 20 anos da Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto (FIL), entre 14 e 18 de setembro. Com a participação de autores e educadores do cenário brasileiro, a comemoração tomará espaço em uma plataforma digital recém-lançada. O canal transmitirá as atividades ao vivo direto do Theatro Pedro II – o palco mais tradicional para os debates da Feira ao longo de sua história e em alguns casos terá interação com videoconferência com os palestrantes. Na ocasião, também será lançado um e-book “20 palavras. Leituras sobre o Agora”, contendo os textos dos convidados.
Adriana Silva
Com formato 100% digital para as 20 horas de literatura, o objetivo principal é promover debates sobre literatura, educação e cultura. Para Adriana Silva, presidente interina da Fundação e curadora da FIL, o evento trará questões atuais e que refletiram nas decisões tomadas nos últimos 20 anos. “O debate é autêntico e esse tema escolhido pela Fundação deu a ele vivacidade, estando em sintonia com o que está acontecendo no mundo hoje”, afirma.
A ação literária traz uma proposta criativa: a Fundação escolheu 20 palavras que definiram os últimos 20 anos no mundo (tais como globalização, identidade, intolerância, democracia e cidadania) e 20 autores para discutirem sobre cada uma delas. A programação já está toda delineada para cinco dias de evento com carga horária de quatro horas por dia, sempre das 18 às 22 horas.
Mauro Cesar Jensen, gerente regional do SESC Ribeirão, diz que comemorar os 20 anos da FIL representa o reconhecimento da Feira do Livro de Ribeirão Preto, que se torna internacional, como um dos eventos de grande relevância cultural e social para a cidade e avalia que, os eventos literários são de extrema importância, pois, promovem conhecimento, lazer e socialização, podendo inclusive estimular o desenvolvimento do turismo no munícipio e sua região. “Tendo como missão institucional, a promoção de ações socioeducativas que contribuam para o bem-estar social e a qualidade de vida dos trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo, de seus familiares e da comunidade em geral, objetivando o desenvolvimento de uma sociedade justa e democrática, para o Sesc, a parceria com a Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto, só faz reforçar esses valores”.
Para Jensen, neste momento em que a grande parte dos eventos, incluindo culturais, literários, educativos, são apresentados através das plataformas digitais, o debate promovido pelas 20 horas de literatura se faz necessário. Na opinião da gerência regional do SESC, a inclusão digital se refere justamente à tentativa de garantir a um número maior de pessoas o acesso às tecnologias, estando relacionado à acessibilidade das pessoas e isso se torna muito importante. “Essas tecnologias podem trazer benefícios à população, principalmente de maior vulnerabilidade social que para além de uma maior interação com o universo digital, podem ter acesso a um conteúdo cultural diverso”, destaca.
Os interessados em participar podem se inscrever pela nova plataforma da Fundação do Livro e Leitura: www.fundacaodolivroeleiturarp.
Para saber mais informações e acompanhar as novidades do evento, basta acessar os endereços eletrônicos:
Nova plataforma de conteúdo: www.fundacaodolivroeleiturarp.
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Youtube (FeiraDoLivroRibeirao)
Programação
João Luiz Passador
No dia 14/9, primeiro dia do evento, os temas discutidos são voltados para questões políticas. O docente de Relações Internacionais na Universidade Federal de Sergipe, Cairo Junqueira, discutirá o tema “Globalização”. Já o professor titular da FEA-USP de Ribeirão Preto, João Luiz Passador, falará sobre "Governança". A historiadora e ex-diretora do Patrimônio Cultural, Lilian Rosa, discutirá “Identidade”. O repórter, ativista local em transparência e controle social e coordenador no Instituto Ribeirão 2030, Cristiano Pavini, abordará “Corrupção”.
Marcelino Freire
No segundo dia, 15/9, o escritor premiado Marcelino Freire, que foi autor do projeto Combinando Palavras da 19ª FIL em 2019, e conta com dois Prêmios Jabutis e um Prêmio Machado de Assis, abordará o termo "Protagonismo". O escritor e professor da etnia indígena Munduruku, Daniel Munduruku, apresentará o tema "Sustentabilidade". Juliana De Paula Bigatão, professora da Unifesp, falará sobre "Terrorismo". A última convidada do dia, Mafoane Odara, é psicóloga, gerente do Instituto Avon e lidera iniciativas de enfrentamento às violências contra mulheres – e trará sua análise sobre “Empatia”.
Renato Janine
O dia 16/9 trará temas relacionados à tolerância e acolhimento das diferenças. Diego Souza Merigueti é advogado e participa com o tema "Refugiados". Patricia Teixeira Santos, historiadora e autora de dois livros, conversa sobre "Intolerância". Renato Janine Ribeiro já foi ministro da Educação do Brasil em 2015, é filósofo, escritor e cientista político e debate o tema "Democracia". A historiadora e autora de livros Sandra Molina discute "Cidadania”.
Amara Moira
No quarto dia, 17/9, os temas unem o respeito às individualidades. Amara Moira, que esteve na 19ª edição da Feira do Livro e também mais recentemente marcou presença na 40tena Cultural, falará sobre “Empoderamento”. Ela já participou de um “Ted Talks”, é escritora, professora de literatura, transexual e feminista. Já a psicóloga Marlene Trivellato Ferreira participa com o tema "Resiliência" e o educador brasileiro César Nunes apresenta a palavra "Humanização". A educomunicadora Adriana Silva, presidente interina da Fundação do Livro e Leitura e ex-secretária da Cultura de Ribeirão Preto, vai falar sobre "Disruptura”.
Galeno Amorim
No último dia, 18/9, a programação se dirige a temas da atualidade. Guilherme Nali é jornalista com atuação na EPTV, historiador e mestrando em políticas públicas e conta sobre o novo termo “Googlar”. O presidente interino e diretor artístico da Academia Livre de Música e Artes (Alma), Lucas E. S. Galon, conversa sobre as temidas “Fake News”. O diretor da revista Revide, Murilo Pinheiro, fala sobre "Selfie". Para finalizar as “20 Horas de Literatura”, o ex-secretário municipal de Cultura de Ribeirão Preto (e um dos fundadores da Feira do Livro), Galeno Amorim, discute o tema "Agenda”.
Além de todos os palestrantes confirmados, a Fundação do Livro também convidou o grupo Alma (Academia Livre de Música e Artes), sob a direção de José Maurício Cagno, para produzir 21 vídeos de 2 a 7 minutos. São produções artísticas que envolvem performances da música, cinema e teatro e ajudam a dar sentido às 20 palavras que movimentaram as últimas duas décadas.
Durante o evento, também será lançado um e-book de nome “20 palavras. Leituras sobre o Agora”, produzido para eternizar as celebrações dos 20 anos da Feira Internacional do Livro (FIL). A obra conta com a colaboração do Sesc SP - instituição parceira da Fundação na realização da FIL, e prefácio de Danilo Santos de Miranda, diretor regional do Sesc em São Paulo. Reúne textos dos autores convidados com o intuito de reforçar o diálogo e pensamentos sobre as palavras que norteiam o evento. O exemplar online ficará disponível na nova plataforma da Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto de forma gratuita. A programação completa pode ser acessada pela nova plataforma: www.fundacaodolivroeleiturarp.
Feira foi remarcada para 2021
A FIL já se tornou um evento tradicional no interior de São Paulo. Nas suas 19 edições acumuladas, abrigou 5,9 milhões de pessoas, teve mais de 300 atividades oferecidas a cada ano e recebeu 3 mil escritores e 15 mil estudantes. Em 2020, ela completaria os seus 20 anos em sua primeira edição internacional, mas tais projeções tiveram de ser remodeladas em função da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19).
“Chegamos a pensar em realizar a Feira em um modelo virtual, mas depois desistimos: A FIL é contato, é troca de experiência. A feira é o menino pegar o livro na mão, é o menino ver o teatro. É o leitor conversar, dialogar e trocar uma ideia com o autor”, reflete a curadora do evento, Adriana Silva. Ela conta que, apesar de a troca literária ser sempre muito válida e intensa, a experiência não seria a mesma se o evento fosse feito por plataformas digitais. Por isso, a 20ª edição da FIL foi adiada para 2021.
Mas essa data histórica não poderia passar em branco. “Para comemorarmos, vamos realizar este encontro literário digital, com referência aos 20 anos de construção da FIL”, conta ela. A ação “20 horas de Literatura” será transmitida a partir da nova plataforma online da Fundação em formato streaming (www.
Essa intensa imersão digital será a primeira após a experiência de sucesso da Fundação com a 40tena Cultural – projeto que a instituição criou para proporcionar atividades culturais durante o período de isolamento social e chegou a atrair mais de 20 mil pessoas.
Sobre a Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto
A Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos. Trata-se de uma evolução da antiga Fundação Feira do Livro, criada em 2004, especialmente para realizar a Feira Nacional do Livro da cidade. Hoje, é considerada a segunda maior feira a céu aberto do país. Em 2020, a Feira entraria na 20ª edição e se tornou internacional. Por isso recebeu recentemente nova identidade, apresentando-se como FIL - Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto, mas foi remarcada para 2021 devido à pandemia de Coronavírus.
Com uma trajetória sólida e projeção nacional e agora internacional, ao longo de seus 20 anos, a entidade ganhou experiência e atualmente, além da Feira, realiza muitos outros projetos ligados ao universo do livro e da leitura com calendário de atividade durante todo o ano. A Fundação se mantém com o apoio de mantenedores e patrocinadores, com recursos diretos e advindos das leis de incentivo, em especial do Pronac e do ProAc.
SERVIÇO
O que: “20 Horas de Literatura”
Quando: 14 a 18 de setembro
Horário: 18h às 22h
Onde: Captação de vídeos do Theatro Pedro II com transmissão (ao vivo) pela nova plataforma da Fundação do Livro e Leitura.
Acesso pela plataforma: www.fundacaodolivroeleiturarp.
Participação: aberta e gratuita, porém, interessados em certificados devem se inscrever com antecedência.