21 jun/16

Entrevista com Gabriela Francheck

postado por Diogo Branco

Hoje - terça-feira, 21 de junho - é dia de Gabriela Francheck.
A cantora irá participar do show do grupo SARAMBEQUE, no Botequim D. Nitta.

Ao
FAROFA, Gabriela cedeu uma entrevista contando sobre sua vida e carreira.

 


"A idéia é causar inquietude, estrapolar os sentimentos".

Quando o assunto é música, Gabriela Francheck não se contenta com pouco, nem se nivela por baixo. Na entrevista cedida ao Farofa, Gabriela conversou com Diogo Branco sobre os mais variados temas de maneira leve e descontraída. Ela estava prestes a fazer um show em homenagem à Elis Regina, e, talvez por este motivo, chegou reluzente e animada ao local da entrevista. Antes de começarmos a gravação, conversamos sobre sua carreira, seus próximos passos como cantora, sobre os artistas locais, suas preocupações, suas vaidades, e até sobre confrontos e inimizades que surgem quando o sucesso de uma cantora começa a incomodar.

Gabriela Francheck é nome inerente do cenário musical de Ribeirão Preto. Atrelada com sua arte e sua verdade sob o palco, a cantora topou, sem pensar duas vezes, ceder uma entrevista ao nosso site. 

SOBRE GABRIELA

Filha de índia com alemão, Gabriela foi o nome escolhido em homenagem à personagem de Jorge Amado, no livro "Gabriela, Cravo e Canela". Para quem não leu ou não se lembra da história, a personagem era uma retirante sertaneja morena repleta de liberdade, beleza e sensualidade.

Gabriela Francheck tem em si a liberdade da personagem de Jorge Amado, embora não tenha nascido morena como esperava sua mãe.

Diogo Branco - De onde vem o "Francheck"? É nome artístico?

Gabriela Francheck - Não, eu juntei meus dois sobrenomes. Meu pai é descendente de alemão. Minha mãe era índia, e quando ela foi escolher meu nome, ela jurava que eu ia nascer morena. Ela gostava muito de poesia e música, e chegou a pensar em "Marina Morena" para o meu nome. A sorte é que no mesmo ano que eu nasci, estreou a novela Gabriela, e minha mãe se encantou por aquela personagem que era muito autêntica e ao mesmo tempo, muito ingênua.




SOBRE O REPERTÓRIO

Diogo Branco - Como funciona a escolha do repertório para os seus shows? Dia desses eu li uma entrevista da Fafá de Belém onde ela disse que todas as músicas que ela escolhe para cantar, são necessariamente mensagens para alguém. Ela canta tudo o que precisa falar para alguém, e isso serve, inclusive, como forma de terapia. Para você, funciona também desta maneira, ou você consegue cantar músicas que não são relacionadas com a sua vida pessoal?

Gabriela Francheck - De toda forma, eu acho que sim. Eu acabo cantando o que tem uma certa significância para mim. Quando eu monto um repertório, eu sempre penso na mensagem que eu quero passar. Quando eu montei o show "Flor da Pele", por exemplo, a idéia era montar um show "sensível". A gente queria montar um show onde, do começo ao fim, as pessoas ficassem ou envolvidas ou incomodadas. A idéia era causar uma inquietude, era estrapolar os sentimentos.




A VOZ

Já no meio da entrevista, demos uma pausa para arrumar alguns equipamentos audiovisuais, e aproveitamos para pedir que ela desse uma demonstração de seu talento ao vivo, ali na livraria mesmo. É claro que Gabriela não negou o pedido, e cantou a música "Mané Fogueteiro", de Augusto Calheiros, de forma impecável.





SOBRE AS INFLUÊNCIAS MUSICAIS

No meio da entrevista, pedi para Gabriela escolher dois DVDs da livraria Paraler. A idéia é que a cantora escolhesse inspirações.
Gabriela escolheu o DVD da cantora "Gal Costa - Ao Vivo", considerado um dos marcos da carreira de Gal, por trazê-la gravando um repertório inédito e de novos compositores. Canções como "Juventude Transviada", "Meu Nome é Gal" e "Por Todo Amor Que Houver Nessa Vida" fazem parte do repertório do DVD. 

Diogo Branco - Gal Costa não sai de moda, né?

Gabriela Francheck - Não sai de moda. Eu gosto bastante dela. Tem dias que eu não gosto tanto. Minha mãe sempre falou pra mim que a Gal Costa esganiçava, não cantava. 

Diogo Branco - Isso já é uma boa polêmica para colocar no nosso site. Vou mandar a entrevista para o fã-clube da Gal Costa...

Gabriela Francheck - O repertório dela é muito legal. A banda e os arranjos são muito legais. E ela canta de tudo, não é aquele tipo de artista que te prende a um determinado gênero.

Diogo Branco - Ela não é engessada...

Gabriela Francheck - Isso. Bom, ela é tropicalista, né? Eu gosto dessa liberdade. 




Outro DVD escolhido por Gabriela Francheck foi "Guinga e Paulo Sérgio".

Gabriela Francheck - Adoro o Guinga, as melodias dele são bem difíceis, mas é de um encantamento e uma sutileza... a Mônica Salmaso gravou muita coisa do Guinga, e uma das mais famosas dele é o "Bolero de Satã", que Elis Regina gravou com Cauby Peixoto.







Gabriela continua cantando e encantando por aí. Sua simpatia e sua voz são poderosas armas para conquistar admiradores.

Para maiores informações sobre a agenda da cantora, acesse sua página oficial no facebook:


https://www.facebook.com/GabrielaFrancheck/?fref=ts

Siga também a cantora no aplicativo SnapChat:  gabifrancheck





EM OFF

Para descontrair o clima da entrevista, propus que Gabriela escolhesse, entre uma lista de músicas "clicletes" - aqueles refrões que grudam em nossas mentes, sabe?-  especialmente alguma que ela gostaria de cantar, e que provavelmente não teria oportunidade de cantar em algum de seus shows.
A escolhida foi "Beijinho no Ombro" de Valesca Popozuda. 

Gabriela Francheck, nós do FAROFA CULTURAL estamos sempre à disposição para divulgar seus novos trabalhos e sua agenda de shows. Desejamos que sua carreira seja sempre repleto de aplausos, sorrisos, boas energias e agenda cheia.










Site cultural de Ribeirão Preto

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