Nany People revela facetas de sua trajetória em entrevista no Farofa Cultural
Nós, do Farofa Cultural, tivemos a honra de realizar uma entrevista exclusiva com Nany People, conduzida pela jornalista Kam Midle em Ribeirão Preto (SP). O encontro vai além do trivial e oferece um mergulho nas vivências artísticas, pessoais e nos bastidores de uma carreira multifacetada.
Um bate-papo com alma
A conversa tem início leve, mas logo ganha profundidade quando Nany fala sobre os desafios enfrentados ao longo de décadas de atuação nas artes. Ela fala dos preconceitos, da conquista de espaços como mulher trans e preta, e de como a arte — especialmente o teatro — foi pilar de sustentação em sua vida.
Ela lembra dos primeiros passos, das portas que teve que abrir, dos tropeços e dos acertos. Em um momento, comenta que muitas vezes o sucesso na televisão é visto como “meta final”, mas que, para ela, a missão maior sempre esteve no palco — no ato da presença física, da emoção direta com o público.
Bastidores, revelações e emoções
Durante o diálogo, Nany se mostra vulnerável e contundente: compartilha casos de decepção, comenta sobre perdas pessoais e se abre sobre a necessidade de reinventar-se. Em tom reflexivo, ela admite que a exposição pública nem sempre é fácil — “quando a gente abre demais, expõe feridas”, disse em trecho da entrevista.
Há também espaço para nostalgias: nomes como Hebe, Rogéria e Fafá de Belém aparecem como referências fundamentais em sua vida artística e pessoal. Em mais de uma ocasião, Nany manifesta gratidão às mulheres que abriram caminhos e impulsionaram sua identidade artística.
A relação com Ribeirão Preto
O cenário da entrevista não é mero detalhe: situá-la em Ribeirão Preto carrega simbologia. A cidade tem sido palco de intensa atividade cultural, e Nany já marcou presença em eventos e espetáculos locais. Recentemente, ela foi anunciada como madrinha do 8º Festival Nacional de Teatro de Ribeirão Preto, evento que reforça sua conexão com a cena teatral da cidade e com o público da região. (Prefeitura de Ribeirão Preto)
Projeto e futuros planos
Mesmo com uma trajetória consolidada, Nany recusa a acomodação. Ela fala de seus projetos mais recentes, como espetáculos solos, musicais e obras de cunho autobiográfico. O teatro — reafirma — permanece seu “porto seguro”. A entrevistada também revela que novos projetos literários e performáticos estão em gestação, com a meta constante de provocar, emocionar e dialogar com realidades muitas vezes ignoradas.
Impacto e relevância
Entrevistas como essa são importantes não apenas para fãs, mas para qualquer pessoa interessada em compreender os meandros da arte, da identidade e da resistência. Nany People, com sinceridade e coragem, contribui para que vozes marginalizadas ganhem visibilidade e legitimidade.
Para quem quiser assistir na íntegra, a entrevista está disponível no canal do Farofa Cultural no YouTube (ou acesse pelo site). Vale a pena dedicar um tempo para acompanhar cada fragmento — é um convite à reflexão, ao engajamento e ao reconhecimento de que contar histórias é, muitas vezes, um ato de coragem.
