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abr/22
Roda de conversa será realizada no dia 13/04, na Biblioteca Sinhá Junqueira. A Mostra vai até junho e é realizada com recursos do edital Cidadania/ Cultura LGBTQIA+ do ProAC - Programa de Ação Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo
Eliana Alves Cruz é autora homenageada do mês e participa da Mostra Identidade-s, contemplada pelo ProAC Expresso
A 1ª MOSTRA IDENTIDADE-S NA LITERATURA, que está sendo realizada na Biblioteca Sinhá Junqueira, em Ribeirão Preto, dedica o mês de abril à escritora Eliana Alves Cruz. O destaque é a roda de conversa com a escritora e jornalista, no dia 13/04, às 19h. A Mostra é um projeto da Biblioteca Sinhá Junqueira e da Fundação Educandário Cel. Quito Junqueira, promovida com recursos do Governo do Estado de São Paulo por meio do Edital ProAC Expresso, da Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa. A iniciativa tem apoio do Hotel Mont Blanc Premium e parceria da Girassol Caminhos Criativos.
Eliana é autora do premiado livro “Água de Barrela”, que conta a história da sua família desde os tempos da escravidão por meio de narrativa das várias mulheres negras presentes no romance, que vão construindo as suas identidades, seus discursos de lutas e batalhas pela liberdade e sobrevivência. “Eliana nos coloca de forma firme e certeira algumas questões que envolvem a nossa identidade e, principalmente, o quanto é diverso o nosso Brasil. Como uma mesma situação pode ter diversas abordagens e formas de se enxergar, de acordo com a construção da identidade de cada um”, coloca o curador da Mostra, Adonai Ishimoto.
“Toda construção sociocultural passa por um coletivo. A Eliana tem uma escrita que, ao mesmo tempo em que ela consegue tocar na individualidade, ela também consegue alcançar o coletivo, consegue levantar e fazer menos óbvias algumas relações entre grupos e pessoas”, afirma Ishimoto. “Esse convite é para que o nosso público de Ribeirão Preto e região possa conhecer os seus pensamentos e dialogar diretamente com a escritora, sugerindo ressignificados para alguns temas pertinentes em nossa sociedade atual”, completa.
A roda de conversa será mediada por Washington de Paula, artista e arte-educador, que tem trabalhos de direção, produção e atuação em espetáculos que abordam as questões da diversidade e gênero. As inscrições podem ser feitas pelo link: https://forms.gle/ YW9DaAPNiQztuwN37. A atividade é gratuita, mas as vagas são limitadas.
A MOSTRA IDENTIDADE-S NA LITERATURA vai até junho e contará ainda com a participação das escritoras Cidinha da Silva e Natalia Borges Polesso. Em março, a autora convidada foi Amara Moira.
Sobre a escritora
Eliana Alves Cruz é jornalista e escritora. É roteirista na ViacomCBS Brasil e colunista do Uol Esporte. Com o livro “Nada digo de ti, que em ti não veja”, de 2020, ela aborda milícia, racismo, fake news, delação premiada, fanatismo religioso e transexualidade. É autora do romance “Água de barrela”, que conta a história da sua família desde os tempos da escravidão e, com esse livro, recebeu o primeiro lugar, em 2015, no Prêmio Oliveira Silveira, promovido pela Fundação Cultural Palmares. Em 2016, integrou a edição 39 da série Cadernos Negros, com poemas de sua autoria e, no ano seguinte, contribuiu com a série com dois contos, entre eles a narrativa de ficção científica “Oitenta e oito”. Seu romance “O crime do cais do Valongo”, faz um resgate da memória social e cultural afro-brasileira. Eliana também foi chefe do Departamento de Imprensa da Confederação Brasileira de Esportes Aquáticos e vice-presidente do Comitê de Mídia da Federação Internacional de Natação e foi responsável pelo site www.blacksportclub.com.br, voltado para o resgate da presença negra no esporte.
SERVIÇO
Dia: 13/04 - roda de conversa com Eliana Alves Cruz, mediada por Washington de Paula
Horário: das 19h às 21h
Vagas: 60
Tema: Escrever vivendo ou viver escrevendo?
Inscrições: https://forms.gle/ YW9DaAPNiQztuwN37
Resumo: Por que escrever? E escrever significa o quê? Em uma reflexão a partir das existências e dos processos de criação, a escrita ganha corpo, enche de ressignificados e faz do avesso estruturas antes bem solidificadas. O quanto há de vida na escrita? O quanto há de identidade em um texto?
Mediador: Mestrando em Artes Cênicas pelo PPGAC - Universidade Federal de Uberlândia. Artista de teatro e arte educador. Integrante da Cia Quadro Negro e Cia Teatral Tertúlia. Dirigiu os espetáculos "Húmus: Corpos Invisíveis" (2018) e "Aquele Outro (2015)" sobre questões LGBTQIA+, gênero e negritude. Produziu e atuou no espetáculo " Gulliver - Um gigante diferente" sobre diversidade e gênero para o público infantil.