Conhecido por aproximar a cultura caipira do pop, o Mercado de Peixe se apresenta em Ribeirão Preto no dia 8 de abril, sábado, às 11h, na praça José Rossi, Vila Virgínia.

 
Bauru, Marília, Ribeirão Preto, São Carlos, Rio Preto e Sorocaba são as cidades por onde passa a turnê, que vai até 27 de maio. Os shows têm apoio do Governo do Estado de São Paulo, pelo Programa de Ação Cultural 2016 (Proac), da Secretaria de Estado da Cultura. 
 
Em Água da Faca, as referências interioranas se fundem à música de tuaregs, ciganos e na herança latina e indígena, evocada no Caminho do Peabiru, tema central do disco.


 
Em seu trabalho mais recente, a banda que foi uma das pioneiras em folclore digital e segue experimentando as fusões envolvendo a cultura popular, adiciona africanismos e latinidades ao seu caldeirão de referências.
 
Da música do deserto ao ijexá, o álbum Água da Faca traz o Mercado de Peixe conectado com o underground mundial, o que reverberou em rádios e podcasts de diversas partes do mundo. Levou também a banda, formada no fim dos anos 90, em Bauru (SP), a projetar sua música para novos públicos e a reencontrar pessoas que participaram com a banda do processo de construção de uma cultura pop no interior de São Paulo.

 
Água da Faca propõe sonoridades que remetem a narrativas contemporâneas - como o kwaito, a house music da África do Sul, e a cúmbia psicodélica sul-americana. Essa última, cumpre importante papel conceitual, funcionando como conexão musical com os caminhos do Peabiru, lendárias rotas que ligavam vários lugares até o Peru e a cidade perdida de Machu Picchu.
 
O disco também evoca uma mitologia própria, envolvendo a vivência da banda no isolamento rural, em Piratininga (SP), onde o disco foi gestado de forma surpreendentemente rápida. Todas as bases musicais foram levantadas em menos de 15 dias, antes de seguirem para gravação em estúdios, onde a banda também criou, experimentou e desenvolveu parcerias.
 
 Com arranjos e direção musical de Fernando TRZ, Água da Faca traz também o lado jazzístico e de brasilidades que o tecladista desenvolve no trio que leva seu nome e no grupo Lavoura, projeto do qual também fazem parte o baterista Paulo Pires e o baixista Fabiano Alcântara.
 
 Tocando guitarra e viola, Ricardo Polettini mostra versatilidade ao trafegar entre o popular e a vanguarda. O mesmo se pode dizer do vocalista Juninho Madureira e da percussão experimental de Emerson Gomes Vanderlei.
 
Ribeirão Preto - 8 de abril
Praça José Rossi
Vila Virgínia - 11h
 
São Carlos - 9 de abril
Teatro Municipal
Rua Sete de Setembro, 1735 - Centro - 16h
 
São José do Rio Preto - 6 de maio
Praça Rui Barbosa
Centro - 11h
 
Sorocaba - 27 de maio
Parque dos Espanhóis
Rua Campos Salles, s/nº - Vila Assis - 16h
 

Site cultural de Ribeirão Preto

Desde 2013 propagando arte e cultura.