Formado no início de 2013 na cidade de São Paulo (SP), o Trio Choro Moderno demorou quatro anos para lançar o primeiro álbum, Bolo de fubá, editado de forma independente neste mês de março de 2017 com distribuição da Tratore. Mas a música-título, Bolo de fubá, já tinha sido lançada pelo trio como single em 2014, seis anos após ter sido composta, em 2006, para o terceiro álbum do Choro Ensemble, grupo atuante em Nova York (EUA). Bolo de fubá é tema de autoria de Pedro Ramos (cavaquinho e violão tenor), compositor e músico que formou o Choro Moderno com o irmão, Paulo Ramos (violão de sete cordas), e com Diego Pereira (bateria) depois ter liderado o Choro Ensemble por nove anos. Tão dedicado ao choro quanto o irmão Pedro, Paulo Ramos fundou o grupo Cochichando em 2002.

Como o nome do grupo já explicita, o trio toca basicamente choro. Mas põe vários outros ingredientes rítmicos nas músicas que compõem essencialmente autoral do álbum Bolo de fubá. Aliás, as composições Frevo das galegas (Pedro Ramos) e Valsa das princesas (Pedro Ramos) já carregam nos nomes os gêneros musicais que pautaram as criações dos temas. Embora o disco apresente músicas de autoria dos integrantes do trio, casos de Choro da saudade (mix de samba, jazz e baixão composto por Diego Pereira) e do samba-choro 22 de novembro (Paulo Ramos), Bolo de fubá tem também temperos alheios. Cristal(1951) é da lavra genial do chorão Jacob do Bandolim (1918 – 1969). Já Arranca toco é composição de Jayme Florence (1909 – 1982) –  o célebre violonista também conhecido como Meira – lançada em disco em 1950 pelo cultuado compositor e violonista Garoto (1915 – 1955).

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